Mar avança em litoral brasileiro


Em Jaboatão dos Guararapes

A fúria das ondas engoliu áreas de lazer e garagens de vários edifícios. No Recife nem os diques artificiais conseguiram impedir o avanço das ondas. Alguns trechos da Praia de Boa Viagem desapareceram nos últimos 14 anos.

Olinda Perdeu mais da metade das praias e algumas ruas, como mostrou o repórter Francisco José em 1994. A invasão do mar na cidade de Olinda começou na década de 50.
Em um dos locais havia uma rua, mas o mar destruiu todas as casas. Ainda há ruínas lá dentro d´água. Só em um dos ponto o mar avançou mais de 100 metros. O calçadão de concreto não resistiu ao impacto das ondas na Praia do Janga, em Paulista, na região metropolitana do Recife. Toda a área foi recuperada em 2003, quando a prefeitura decretou situação de emergência. Agora, o problema volta a preocupar moradores e banhistas. "Você tem uma combinação desse elevado grau de ocupação humana e de características geofísicas de terreno, de ação do oceano que faz com que essas regiões se tornem mais vulneráveis que outras regiões da costa brasileira", afirma o Pesquisador da UFPE, Moacir Araújo.

Em Barra de Santo Antônio,

litoral de Alagoas, o mar avançou quase 100 metros em menos de duas décadas. Toda essa área, hoje inundada, já foi
Em abril do ano passado foi a vez de um prédio de quatro andares projetado para ser um hotel de 48 quartos. Sobraram só ruínas. "É muito cedo para afirmar uma correlação, com certeza, entre aquecimento global e erosão costeira, já que a erosão costeira deve-se e é apontada em locais onde a urbanização é mais intensa, onde as construções e a ocupação se dá muito perto da linha d´água", explica a geógrafa da Universidade Federal do Espírito Santo, Jacqueline Albino.



Mário Bonella - Vitória, ES
Michele Barros - Barra de Santo Antônio, AL
Ronan Tardin - São João da Barra, RJ
Karla Almeida - Paulista, PE
Francisco José - Olinda, PE


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